Procuro no escuro não mais chorar
E que as luzes, e que as cruzes
Deixem-me, por ora, navegar
O momento do tormento, libertado
Não há mais dor, por onde quer que eu for
Me sinto, distinto acordado
Traga flores, sem temores e vem comigo
Na imensa alegria de tua companhia
Encontre, por onde, talvez um amigo
Mas se brota nesta rota o sentimento
Cultiva o amor, frutifica o sabor,
O prazer de lhe trazer contentamento
Se me precipito no precipício do amor
Me espero novamente como o zero
Que sozinho, no espinho, não tem valor
Anseio distraído instiga-me lentamente agora
Reluto por temor. Sou apenas um sonhador.